domingo, 31 de outubro de 2010

liberdade foge como diabo da cruz

A liberdade foge como diabo da cruz




Saltando de fantasma em fantasma


Caindo na subida


Ser pensador não e um dom


Mas sim uma maldição


Queria não pensar


Poder subir a lua e quem sabe um dia voltar


Queria um sonho só meu e quem sabe poder partilhar


Entre as asas que perdi a nascença


Não pretendo nem gritos nem luta


Por um tempo só


Por um tempo perdido


Quero ser enterrado de pé


No fim da vida toda de joelhos


E eu já amei


E eu já beijei um dia alguém


E neste refugio da minha solidão


Recordo todos esses Pequenos segundos de felicidade


E é nessa força que transformo a alma


Dançando com o vento


Em pura comunhão com a natureza e a vida


Minha alma sai de meu corpo


Se torna livre


Mestre das florestas


Dona do amor


Senhora da terra sem fim


E cada passo é novo e libertador


Cada palavra uma cantiga


Cada historia uma lenda para sonhar


E que o agora não seja o passado


Quero encontrar aquele brilho no olhar


Cristalino como a água pura


Quero amar sem saber porque


Amar só porque há amor


Sem motivo


Sem pensamento


Não tem que haver uma razão para tudo


Nem deixar que a razão condicione o que devo fazer livremente


E que os demónios se levantem agora contra mim


Que me persigam pelo mundo


O mundo da luz onde a gloria e ser humilde


Beijar a terra e atingir o êxtase da alma


Trepar a árvore sem fim da vida


E tenho palavras para soltar


Não criticas por críticas


Nem olho por olho


Palavras livres da corrupção do próprio pensamento


E os dias são alegres logo pela manha


Com o acordar do cântico dos pássaros


O simples som de agua a correr


Um sorriso de uma criança


Uma oportunidade para recomeçar


Agora peço silêncio


Peço luz para a humanidade


Peço que a humanidade volte a ser humana


E quando morrer serei enterrado de pé porque vivi toda minha existência de joelhos

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